Pérola

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Prefeitos e Políticos de Alto Paraná















O primeiro prefeito de Alto Paraná, eleito em 1954, foi o Sr. Augustinho Stefanello, apoiado pela Imobiliária Ypiranga que pertencia aos Srs. Lucílio de Held e Adelino Boralli, o qual disputou a eleição com o Sr. Mário Balestieri que liderava uma ampla coalizão. Lembro, ainda criança, quando brincava nos fundos de minha casa com o "Feio" (Izanor), Obertola e meu irmão Talmor, passava constantemente na rua um carro de som divulgando a candidatura do Agostinho, com o seguinte "jingles":

"Você pensa que Agostinho é bobo.  Agostinho não é bobo não, Agostinho tem apoio do Governo e Mário nada disso tem. Pode me faltar tudo na vida, Mário, Simino e João, pode me faltar o Valdivino e tudo mais não me faz falta não. Pode me faltar o Euclides, o homem do bigodinho, só não pode me faltar o prefeito Agostinho".

O segundo prefeito foi o Sr. Athos de Melo Sá que era agente de rendas, seguido pelo Sr. Mário Balestieri, Domingos Capristo, Valcir Gomes, Pedro Garcia, José Sílvio Buss, Cláudio Golemba e Teresa Rosin. Atualmente, o prefeito é o Sr. Cláudio Golemba, médico que se estabeleceu em Alto Paraná no Hospital do Dr. Aluízio Fávaro, havendo adquirido posteriormente a Clínica e o Dr. Aluízio transferido sua residência para Curitiba. Em 58 anos desde a criação do município tivemos apenas oito prefeitos, isto se deve ao retorno ao cargo de alguns e outros reeleitos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quintino Fernandes - Homem Notável



















O Senhor Quintino Fernandes residiu em Alto Paraná por mais de trinta anos. No início construiu sua casa que por fatalidade foi destruída pelo fogo, na véspera do dia 7 de Setembro, juntamente com todos os pertences da família, quando estavam preparados para o desfile. Isto se deu em 1954, tendo um ano depois acontecido a geada negra que queimou todo o café que havia plantado em sua propriedade. Foram momentos de tensão, porém, com sua fé e espírito positivo não desanimou e procurou caminhos que lhe deram condições para a busca de outros meios de superação, obtendo resultados financeiros positivos em outras atividades. Na condição de dentista instalou ao lado do cine Auri Verde seu gabinete dentário. Tinha uma vasta clientela, o mesmo acontecendo com seu colega Aristides Bridi. No início dos anos de 1960 passou a atuar no ramo de venda de eletrodomésticos, fundando a Comercial Casa de Máquinas, e ainda, por meio da Paulistana Cafeeira passou a atuar na aquisição e beneficiamento de café. Trabalhou à frente de sua loja até 1985, quando fechou suas portas. Era um homem de alma pura, tratando com respeito a todos, sendo cativo aos seus princípios de honestidade e cumprimento de seus deveres. Homem extremamente apaixonado por futebol e às suas expensas manteve um time em Alto Paraná. Alguns jogadores trabalhavam em sua empresa. Era católico fervoroso e membro da Congregação Mariana. Através das obras sociais da igreja atendia os mais necessitados. Nas festas religiosas de Santo Antônio, lá estava em sua barraca, com seu carrossel de cavalinhos todo alegre e festivo. Assim viveu seu Quintino em Alto Paraná, sempre bem disposto e sorridente. Tinha orgulho de seus filhos e se sentia feliz na cidade que escolheu para viver. Só fez amigos e não deixou algum desafeto. Os filhos de seu irmão Antenor ainda vivem em Alto Paraná, tendo o outro irmão Polidório fundado o Jornal O Regional de Nova Esperança. Alto Paraná foi sua vida e prestou relevantes serviços à comunidade, esperando ser lembrado, pelo menos com seu nome em uma ruela. Merece ficar na memória como um dos eméritos fundadores e pioneiros de Alto Paraná.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Malvina Freitas Fernandes












Dona Malvina Freitas Fernandes, mulher de vigor e de inteligência rara, foi professora e diretora de colégio em Santa Catarina, tendo se aposentado e transferido residência para Alto Paraná junto com seu esposo Quintino e filhos. Era leitora assídua de Raquel de Queiroz e dos filósofos gregos. Cobrava as tarefas escolares de seus filhos, além de escrever inúmeros discursos para políticos de Alto Paraná. Católica fervorosa exigia agradecimentos a Deus antes das refeições e ao deitar. Nos domingos pedia que todos os filhos fossem à missa. Era fácil sentir sua presença na igreja por se destacar com sua voz alta nos cânticos e nas orações. Foi uma mulher de coragem e correta nas suas ações, tendo educado seus filhos para o respeito e amor ao próximo. Fez muitas amizades em Alto Paraná, deixando um legado da boa conduta de vida.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Construção do Clube da Balança de Alto Paraná e fotos










O Senhor Quintino e dona Malvina construíram sua casa e viveram em Alto Paraná durante mais de trinta anos. No início, na companhia de seus sete filhos, Talma, Telmar, Taidê, Telson, Túlia, Tadeu e Talmor. Foram rígidos na criação e na educação. Apesar de relativas posses incentivaram muito aos estudos e ao trabalho. Iniciei “catando” algodão para o barbeiro Pernambuco em um lote próximo ao Ginásio. Depois fui trabalhar na prefeitura, Maracajú de Café Solúvel, Pinho Guimarães, retornando à prefeitura como contador, após, professor e advogado. Em 1969 fui eleito vereador e me reelegi por mais três legislaturas. Em todas fui eleito Presidente da Câmara. Dei minha contribuição à Administração Pública e diretamente na construção do Ginásio de Esportes, Praça Central, na implementação de água e esgotos, no asfaltamento da estrada que dá acesso à cidade de quem vem de Paranavaí e na construção do Fórum. Juntamente com o Doutor Carlos Vítor Maranhão de Loyola, Juiz, Osman de Santa Cruz Arruda, Promotor, dos advogados Toshiharu, Cordon Capa Verde, Celso, Valdir Molim e do prefeito Pedro Garcia, conseguimos uma verba da família Moura Andrade, proprietária da fazenda Bararuba, para a construção do belo Clube da Balança, local que é muito aproveitado até hoje por toda a comunidade forense de Alto Paraná.